28 setembro, 2007

Ode ao ruído

Na rua,

(Um homem ao outro mais moço: Há três anos? Então você ainda não sabe. Três anos!? Quando tiver uns dez, aí você vai começar a entender.)

eu é que

(A mulher, simples, bêbada e em sorrisos: Sabe quantos anos eu tenho? Quinze! Eu vou ter pra sempre quinze anos de idade! - e mais sorrisos.)

não me fecho

entre parênteses

de ouvidos

(Vitor, amigo essencial e perdido, me dá um grito.),

enquanto tudo

ruído

polui o ar

de música, antimúsica, lira e antilira,

nun i-pod.


Rua é lugar de )orelha( nua.