07 abril, 2008

O beijo

Quando a moça lhe estendeu a boca
(A idade da inocência tinha voltado,
Já não havia na árvore maçãs envenenadas),
Ele sentiu, pela primeira vez, que a vida era um dom fácil
De insuspeitáveis possibilidades.

Ai dele!
Tudo fora pura ilusão daquele beijo.
Tudo tornou a ser cativeiro, inquietação, perplexidade:

- No mundo só havia de verdadeiramente livre aquele beijo.

(de Manuel Bandeira)

2 comentários:

Anônimo disse...

Que bonito. Tem futuro esse rapaz... rs

...um cisco... disse...

escolheu bem demais... cheguei a respirar fundo... rsrs Ai meus tempos !! Diria vovô... sem saber que a qualquer momento na fila dos idosos, um beijo desses pode voltar...rsrsrs

abç !!