02 abril, 2007

Réplica

I. Presente perfeito

“Não foi o vermelho que expirou.” ?
Como!? Se na ficção da vida
de uma noite de janeiro,
cheio de para-sempres, o mato!


II. Pretérito perfeito

Mais:
aquele vermelho, finado e passageiro,
morreu única e exclusivamente
porque assim o fiz.
Morte de minhas próprias mãos,
numa disparatada e voraz
___________ ...explosão!
___________Toda sonora.
___________Cheia de força.
___________D’uma só vez.

Minutos depois, a calmaria...
Então (re) matei metódico,
com toques e retoques,
cheio de cuidados e esmero,
E de sorrisos na face,
encerrei o vermelho.


III.Futuro do Presente

Como matemático, em voz alta,
provo o trabalho acabado.
E é na garganta que o sinto correto:
de canto é seu fado.

Ao som de canção,
(nova explosão!)
tudo novamente se dá:
um’outra felicidade;
um’outra fabulação.
E assim, em fato – sonoro –
se refaz e desfaz
a vida do m-eu-lírico vermelho.


(em resposta. a mim e ao amigo rafael.)

7 comentários:

Anônimo disse...

Mas quantas bombas!!! Rs..

Adoras demais as apóstrofes :-o

Beijos ;**

Anônimo disse...

Ah... vermelho moribundo...
Gostei da volta as aulas de portugues, pretérito perfeito , futuro do presente...
Muito bom, gostei!!
bjos
bárbara

Milena Vargas disse...

esse aí aposto que foi inspiração durante os seus estudos pro tal concurso. E inspiração das boas, como sempre, poeta.
Um beijo

Anônimo disse...

seu momento introspectivo pelo jeito te fez bem, mas me dá uma saudade!!

Anônimo disse...

o recadinho acima é meu. é claro.

Anônimo disse...

matastes por medo?

Anônimo disse...

ficções, cara antonia.
para dar mais cor a vida.